terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Depois do sol partir.

A noite é calma, agrada-me.
Deambulo pelas ruas sem destino algum, deambulo simplesmente. Por entre os prédios, as estradas, os cafés, os jardins, as ruas desertas e sossegadas. Trocando palavras ou simplesmente ouvindo-as sendo trocadas. Nestes momentos tudo é bem vindo.O vento bate-me na cara, é frio. Toca-me nos cabelos encaminhando-os para atrás onde esvoaçam e dançam uns com os outros. Oiço a vegetação que se agita suavemente. Sinto o cheiro do ar, é húmido. Paira um cheiro a terra molhada, um cheiro fresco e bom. As luzes da vila iluminam o caminho, uma cor alaranjada pinta as ruas. Tudo é silencioso, tudo se centra nos sons que fazemos, no barulho dos nossos passos inconscientemente sincronizados, no som das gargalhadas.
Sem nos apercebermos somos abraçados por uma cumplicidade bonita.

Pergunto-me se todos vêem o que realmente chega depois do sol partir.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sentimentos.

Eu oiço-os, consigo ouvi-los. Gritam alto cá de dentro. E sinto-os, sinto-os bem. Empurram e empurram com uma vontade absurda de sair cá para fora. A tua presença enlouquece-os ainda mais. Por favor, por favor, pega na tua tesoura e corta a corda. Corta-a e liberta-me, é tão fácil...