terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sou terra de ninguém.
Sou minha, apenas minha,
Ou talvez nem isso sou.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Um banco num parque.

As pessoas vêm, sentam-se, conversam, desabafam, partilham carinhos, reflectem expectativas, emoções ou apreciam simplesmente o silencio.
Depois, no fim de tudo, inspiram o ar fresco, levantam-se e seguem os seus caminhos. O banco, permanece ali, quieto, estático, até que alguém venha e se envolva de novo com ele.

Conheci pessoas interessantes, mas todas acabam por eventualmente partir. O que permanece são apenas as suas memórias e imagens, e o sorriso que esboçamos ao relembrá-las.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Davas meio mundo teu.

De certo modo a culpa nao é tua, se isso te fizer sentir melhor. Mas até quando abrirás a mão das coisas? Ainda que de um modo ilusórico, sabes que te farão feliz. Sentes vontade de fechar os olhos, esperando que tudo se desvaneça como que levado por um vento. Porém fechar os olhos já nao te acalma, nada desvanece, precisas de mais. Tens sede daquilo que nós sabemos e tu sentes-o bem, eu igualmente o observo. Já nada te parece fazer sentido, mas encontrares aquilo que queres encontrar nao te apaziguará, talvez por uns momentos, mas nao é disso que precisas. Antes de encontrares isso que queres, encontra-te a ti, e verás que em seguida saborearás tudo com um gosto divino.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Adeus telefone.

Morres-te cedo meu pobre coitado, com apenas 2 anos de vida. Malditos dentes caninos que te perfuraram as entranhas e te partiram até ao osso. Descansa em paz no Paraíso dos telefones.

Que hajam muitas virgens.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Demasiado.

Envolvida no caminho, perdi-me. Perdi-me e perdi-as, a elas, ás forças, ás vontades e ás imaginações felizes. Procuro abrigo na ocupação. Abrigo da chuva de desistência que cai neste meu inverno esquecido onde as folhas de vontade já cederam à muito tempo.

O tempo passa e eu permaneço aqui.
O que mudou?