sexta-feira, 27 de março de 2009

naturalmente perfeito

uma árvore de casca áspera e rugosa, mas ao mesmo tempo fofa e confortável.
um livro interessante, romance ou outro qualquer.
erva e muita florestação. tulipas e malmequeres.
um pentear e cabelos, ou embaraço dos mesmo, com o passar da aragem fresca e quente ao mesmo tempo que se faz acompanhar de um cheiro agradável de campo que penetra nas narinas e limpa os pulmões.
uns grandes ramos e umas grandes folhas, que formam uma grande sombra que me rodeia e me aconchega.
um cão ou cadela que persegue a sua própria cauda, que rebola na erva livremente e que descansa em seguida na mesma com uma tranquilidade imensa.
um amigo ou mais que isso.
uma conversa amigável que flui livremente.
um horizonte infinito de natureza.
um fim de tarde que se anima por uma dança de cores que pintam o céu e misturam o sol.
um fim de tarde perfeito.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Verão psicológico.

É estranho quando uma pessoa pensa em coisas e deseja-as, para depois afasta-las e teme-las quando chegam. é um tanto estúpido até. nao sei porque o faço.não quero...mas acabo por faze-lo sem querer. Essa é talvez a parte da minha personalidade mais incompreensível que tenho. A razão é capaz de ser mais simples do que parece: talvez eu nao saiba de verdade o que quero. Talvez me preocupe demasiado com as coisas correrem mal e sem querer acabe por destruí-las. Sei que nao é por mal porque se fosse talvez não me preocupasse tanto depois de as fazer, mas preocupo e "sinto-me mal" apesar de continuar a sentir medo, receio, indecisão. É como se entrasse em "pânico" com certas coisas e ficasse sem saber o que fazer e dizer, coisas que antes queria que acontecessem e pensasse nelas. Acabo por fazer o que nao devia, raramente acerto. Estrago tudo, arruíno tudo.
Talvez devesse dar menos importante ás coisas, certos episódios. Desligar o rádio um bocado. Talvez o meu grande problema seja possuir tanta indiferença para umas coisas e indiferença nenhuma para outras. Ou talvez, eu simplesmente não tenho nenhum problema e esta reflexão, este dito "problema", seja somente mais um dos fruto da minha árvore mental.

sábado, 14 de março de 2009

Á noite.

Desligo o computador. Dirijo-me para a porta com um desejo tremendo de libertar-me do ambiente pesado que aqui habita nestes últimos tempos. Pego nas chaves e saio. A noite está fria, mas mais uma vez agrada-me o seu ar gélido. Caminho pela rua. Não tenho destino. Sento-me no passeio, e observo as luzes e os camiões ao fundo a passar. Começo a reflectir sobre as coisas, a organizar-me por dentro. A noite acalma-me.

Agora que estou bem. vou voltar para dentro, está frio cá fora.

domingo, 8 de março de 2009

Na mente é tudo, no real é nada.

Os meus pensamentos apoderam-se de mim. Apoderam-se de tudo. Destroem-me, roem-me até aos ossos e cospem os meus restos. Deitam-me abaixo. Nunca antes o fizeram, não assim, não de uma forma tão forte...tão profunda. A cabeça doí-me. O corpo, o pescoço, os ombros. Sinto me fraca, debilitada. Não almoço nem janto á dois dias...não tenho apetite, tenho um nó no estômago. Os meus olhos estão húmidos e deles escorrem gotas devagarinho...bem devagarinho. Sinto-as escorrer frias...perfeitas. De um dia para o outro rodearam-me a angustia, a tristeza, a preocupação. Sinto me perdida, tão, tão perdida. A minha mente engana-me, ilude-me, magoa-me. As razões são ilusões, na realidade nada é assim. Agora que tudo está bem cá fora, tudo está tão mal cá dentro.

sábado, 7 de março de 2009

Malditos.

Nem sempre vemos aquilo que queremos.
Hoje eu vi aquilo que não queria.

quinta-feira, 5 de março de 2009

A ti.

O peito aperta-me. Aperta-me forte e faz me humedecer os olhos. Nao sei o que tenho, nao sei porque estou assim. Doi-me por dentro. A minha respiração é profunda nesses momentos. Os meus olhos fecham ligeiramente, só me questiono do porquê de tudo isto. Sei que a culpa é tua, pois só a tua imagem surge no meu pensamento. Estou farta mas não consigo parar. Sinto vontade de me deitar, fechar os olhos e relaxar. Deixar as lágrimas escorrerem e enxugarem devagarinho com o ar frio do quarto. Aconchegar-me nos cobertores e deixar me estar, sozinha na minha mágoa desnecessária, até que o com o cansaço adormeça. Descansada, em paz. Quero-te aqui. Quero o teu ombro e o teu peito para repousar a cabeça e me deixar estar. sSntir a tua respiração, o teu cheiro. Sentir-te aqui e ser invadida por um conforto inexplicável.

Quero-te, mas vou negar-te até me cansar.
Hoje, até adormecer.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sou três pessoas e uma só.

Por vezes odeio-me.Odeio os meus pensamentos, odeio aquilo que faço ou não faço. Muitas vezes penso nas coisas e desejo não pensar, gostava simplesmente que não surgissem sequer na minha cabeça. Acho estúpido, acho-me estúpida por vezes. Torno me num ser insatisfeito, confuso, sem saber que fazer. Torno-me complexa, complicada interiormente. Talvez não me conheça e só agora o esteja a fazer, mas se assim for, odeio essa parte só agora descoberta do meu ser...não a quero, desejo expulsá-la. Sinto que não me pertence, sinto que nao sou assim. Eu nao quero ser assim. Tenho a noção de que se penso ou faço algo então isso sou eu, isso constitui-me, mas nego-o, recuso se-lo e nao o quero. Em certos momentos parece decorrer um debate interior, dentro de mim, dentro da minha cabeça. onde existem duas pessoas distintas que se contradizem, existindo depois um moderador, sendo esse a minha consciência. É estranho. E assim sendo, suponho que tambem eu seja inevitavelmente estranha.